segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Estranhamente conhecido - última parte

- Sim!
Um abraço inesperado.
- Muito Obrigada.
A dona das sardas caminhava até a secretaria da emergência. Kelly se retirou, sem saber ao certo onde estava pegou um táxi frente ao hospital e foi para onde deveria ter ido à quase 4 horas atrás, pra casa.
Nos próximos dias a garota se deparou pensando no tal do Tom (na verdade o nome dele não lhe agradava, mas também não era dos piores).
Como ele devia estar?
Recuperado?
Bem?
Vivo?
Todo ocorrido se dera em uma quinta-feira, então uma sexta se passou, um sábado, um domingo.. E todos os dias só serviam pra aumentar a angústia e a ansiedade de Kelly, e logo ela, veja só .. Logo ela que não costumava se preocupar com nada agora estava pensando em como um zé ninguém (que pra ela era um Tom bem alguém) deveria estar. Maldito sentimento de solidariedade. Porque para ela, aquilo era apenas um sentimento de preocupação com alguém que sofreu um acidente, e por azar (ou sorte) era ela quem estava por perto.
Um mudo repleto de garotas querendo viver uma história parecida com a dela, e ela lá, querendo mesmo não viver nada daquilo e afogar a ansiedade em um copo de coca com gelo qualquer (mas vai que ela sabe nadar?, ou resolve beber toda a coca?).
Voltando à contagem dos dias, na próxima quinta-feira, novamente voltando da faculdade ela observou um sinal mudando de cor, e subitamente se lembrou (do que na verdade nunca esquecera)...
Três tochas. Fogo. Grito. Troca de olhares.
Decidiu descer do ônibus. Caminhou próximo ao local do acidente, observou tudo minuciosamente, até algo à distrair (e acho que poucas eram as coisas que faziam isso com ela), um perfume de jasmim que rodeava o ambiente. Sentiu um calafrio por trás das orelhas, e algo que fazia seu corpo ficar menos denso.
Com um pouco de medo, muito medo na verdade, virou-se...
- Então, nós já nos conhecemos?
Os dreads, as mãos ágeis seguravam jasmins, e assim tudo isso se torna tão cliché, não algo cansado de se presenciar -pois eu e Kelly nos tornamos muito intimas com tudo- apenas cliché, se assim posso dizer.







Não declaro fim à algo que pra mim vai durar bastante tempo.
deia.s

15 comentários:

  1. Bem.. acho que a última parte não vai agradar muito, mas tenho um grande apego por finais sem um final, sabe? shuahsuahsau

    Mesmo assim, tá aí! ^^

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  2. Pois eu gostei, ...

    ;)


    Bjo.

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  3. Que final mais linda. Parabéns Poetiza.
    Beijo!

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  4. Teu jeito de contar um conto é perfeito!!!
    Bjo!

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  5. Seu blog ta a cada dia mais lindo amei sua postagem parabéns,minha linda e tenha uma exelente semana;* bjos da juju.

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  6. Ah, lindo deia *-*
    Muito lindooo, amei o 'não' fim rs ;*
    Parabéns \ô

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  7. Nossa muitooo lindo as vezes e bom uma história num tem fum "fim"
    Parabénssss
    Ps:ah da uma olhadinha no meu blog
    bjosss

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  8. Nada deve ser considerado terminado! Sempre pode surgir um elemento surpresa! rsrs

    Bonito post, tens essência de verdade!
    Um beijo

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  9. Oi! Passando aqui para agradecer o selinho!*-*
    Muito grata fico, em saber que as pessoas apreciam o que escrevo!SEu blog me faz sorrir sempre!Bjos no teu coração.

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  10. Me expressaria, com muita profundidade, sobre vários assuntos, mas falo, sobre algo assim de temos tanto medo, o infinito, é, somos tão frágil e preocupado ao extremo, com o que será, do amanhã, será que seremos lembrados, ou esquecidos, mesmo tendo dado tanto de nos, para o melhor de todos que amamos, isso é de preocupação, mas depois dessa linha a existência é de responsabilidade real e verdadeira de todos aqueles que ficaram, para cuidar do melhor de tudo que um dia plantamos tanto dentro ou fora de cada um.

    estarei te seguindo.

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"Venha quando quiser: – Tem espaço na casa e no coração."