segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Retrospectiva momentânea (Carta)

Quarta - feira, vinte e quatro de Novembro de 1998.
Um sol como de costume brilhante, em um céu como sempre claro. Bom, ia me esquecendo: neste dia não fui trabalhar, afinal era meu dia (meu aniversário), então decide mesmo com um pouco de receio ficar o dia inteiro em casa, e caso quisesse ver o céu citado à pouco iria até a varanda, onde Marley estaria lá para lamber meu pé e bater em mim aquele rabo inquieto dele.
Nunca fui de festas, nem nunca muita gente se importou com meus aniversários ou outras datas de importância, seria, ou pelo menos era pra ser uma passada normal dos 27 para os 28, mas não é que não foi bem assim? Exatamente às 16 horas baterem à porta, não me animei muito para abri-la, pois imaginei que das duas uma ia ser:
1 - Ou leiteiro que se atrasou e não pode passar pela manhã;
2 - Ou algum daqueles loucos da vigilância sanitária.
Marley não latiu, então havia de ser uma mulher. Ele nunca latia quando era alguém do sexo oposto (Mas Marley ainda era puro nessa época, quer dizer ele se foi puro, coitado!). Levantei devagar, um pé de cada vez, sempre com o direito à frente, abaixei o volume da TV e fui com aquela roupa de domingo.
Abri a porta compassadamente, de repente ao vê-la paralisei, era a Karina. Santo Deus, a quanto tempo não colocava os olhos nela, da última vez ela estava tomando um milk shake e eu não tive coragem de ir até lá, e para esclarecer isso foi em 91, mas ela não mudará nada. Nada mesmo.
Agora, foi só ela se dirigir a mim com algumas palavras: - Oi, quanto tempo! Feliz Aniversário!, que voltei ao meu estado normal e ficamos trocando idéias até tarde. Justamente, é isso que você está pensando: fomos namoridos (É, era assim que ela gostava de falar), começamos a relação em 85, e com relação a visita dela, até hoje não sei como ela descobriu meu endereço ou ao menos porque veio me ver, só sei que ao sair, exatamente às 22:45, eu já me sentia como antes e estava completamente amaixonado (É, era assim que eu gostava de falar), aquele sentimento não cabia em mim, tentei dizer algo ou segurá-la para sempre comigo, mas não consegui. Após tudo que conversamos durante as 6 horas e meia percebi que ela não iria poder ficar, então apenas olhei nos olhos cor de mel os quais ela era dona e rastejei uma mensagem de extrema importância:
- Te esperarei aqui, durante todos os meus aniversários. Só voltei se for para ficar...
Bem, agora são 16:15, do dia vinte e quatro de Novembro de 2010 e ela não veio, o portão está aberto e Marley não esta mais comigo, só espero que um dia ela venha para..
- Oi, quanto tempo! Feliz Aniversário!
Não acredito, ali esta ela tocando em meu ombro. Obrigado por me ouvir caro leitor e amigo, mas agora meu eu quer ser feliz.
- Oi Karina, quando tempo minha amada!

                                                                      deia.s

11 comentários:

  1. história tocante e muito boa de ler :) parabéns , nota 10

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  2. gostei daqui tbm, escreve mt bem ^^
    beijos =*

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  3. Belo texto, adorei. A história se presencia com um homem né? Fiquei meio confusa. haha
    Obrigada por visitar meu blog, estarei sempre que possível visitando o seu também, e a estou seguindo.

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  4. Ah que lindo texto, deia!
    é seu, todinho seu *-* ?
    Parabééns, muito bom!!!

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  5. Ah pois sim Selva P. *-*
    Ele é todinho, todinho meu (:
    shuashauhsauusashua
    Que bom que gostou, volte sempre.

    Beijo

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  6. Gostei Emodeia e o Marley é aque seu falecido cachorro?
    bjin

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  7. Ja te disse que não gosto taanto de grande textos mais sempre me pego lendo um assim.
    Gosto muito do jeito que escrever e gosto de suas idéias. Gosto de suas frases ou longos textos. Com certeza o seu blog é muito, muito ,muito bom!

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